Cinco minutos depois do alerta do autarca de Vila Cã, o helicóptero do Centro de Meios Aéreos de Pombal já estava sobre as chamas, iniciando um “exemplar” combate ao fogo.
O fogo que destruiu cerca de cinco hectares de mato na zona Oeste do concelho de Pombal, no passado domingo, revelou duas facetas de sinais opostos. Pela negativa, o facto de “sempre que há festa na Pipa, há fogo na Pipa”, lamentou o presidente da Junta de Freguesia de Vila Cã, Jorge Silva. Por outro lado, “a intervenção excelente de todo o dispositivo distrital de combate aos fogos”, considerou o mesmo autarca.
Jorge Silva denunciou aquilo que “já começa a ser tradição, ou então uma grande coincidência”, referindo-se à repetição sistemática de incêndios, sempre que se realiza a festa anual da localidade da Pipa, nesta freguesia.
Tal como no ano passado, o incêndio teve início depois de almoço, no último domingo de Agosto, no lugar de Vale Azinhos, local de difícil acesso para os bombeiros. Nesta perspectiva, o responsável pela freguesia de Vila Cã não tem dúvidas em atribuir responsabilidades a mão criminosa, temendo que “mais uma vez, o autor fique impune”.
“Parecia um festival aéreo”
Pelo facto de se encontrar no local, devido aos festejos anuais, foi o próprio presidente da junta que deu o alerta, surpreendendo-se com a rapidez da resposta. Segundo o próprio, o helicóptero do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS) da GNR chegou em cinco minutos, a que se seguiu o helicóptero com base em Castanheira de Pera. Em meia-hora chegou um par de aerotanques ligeiros e, uma hora depois, os dois Beriev, bombardeiros pesados estacionados na Base Aérea Militar de Monte Real.
Não admira que as chamas tivessem sido extintas em apenas duas horas e meia, não obstante as condições climatéricas de forte calor, humidade e algum vento. Jorge Silva reconheceu que “tivemos sorte por não haver mais nenhum fogo em actividade na região”, acrescentando que “o ano passado o tempo de resposta foi mais lento”.
O incêndio chegou a ter duas frentes activas, consumindo com intensidade uma zona de eucaliptal, desde as 13H42, segundo a página Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). O sinistro foi combatido por 174 bombeiros, auxiliados por 47 viaturas, para além dos seis meios aéreos já referidos. Em apoio às corporações de Pombal, Ansião, Vieira de Leiria, Ortigosa, Maceira, Leiria e Porto de Mós, também se deslocou para o local um grupo de reforço de bombeiros do distrito de Santarém.
Fonte: Diário das Beiras
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